Eu gosto da palavra “Impossível”.
Gosto porque ela me liberta da ilusão que me impede de simplesmente poder dizer “não consigo”, “não quero” e “não entendo”.
A palavra “impossível” é uma rasteira que me leva ao chão, para me fazer reconhecer humildemente que existem situações em minha vida, com as quais eu não consigo lidar.
O “impossível” me lembra o quanto ainda sou menino e preciso crescer.
A palavra “impossível” é um soco no meu estômago, expondo toda a minha fraqueza em encarar sentimentos aprisionadores que eu não quero enfrentar.
O “impossível” me lembra o quanto ainda sou medroso e preciso me fortalecer.
A palavra “impossível” seca a saliva da minha boca, fragilizando os argumentos de minha pretensa erudição, me impedindo de formular sentenças plausíveis diante de perplexidades.
O “impossível” me lembra o quanto ainda sou tolo e preciso amadurecer.
Mas o que eu mais gosto na palavra “impossível”, é que ela nunca é um ponto final na minha história. Ela não é o encerramento de um período, mas a verdadeira constatação do que ainda não é completo.
Eu realmente sou agradecido pela existência da palavra “impossível”, pois ela me coloca em meu devido lugar: não consigo fazer tudo, não quero lidar com tudo e não tenho respostas para tudo. Essa palavra me lembra continuamente que eu sou apenas ser humano. Não consigo sequer me salvar!
E é justamente nesse momento, quando me reconheço apenas um ser humano, é que me lembro de uma promessa maravilhosa, por causa da palavra “impossível”: “Para o ser humano é impossível, mas para Deus todas as coisas são possíveis!” (Mateus 19.26).
É impossível ler uma promessa como essa e continuar vivendo a vida como se eu precisasse conseguir, querer e entender tudo! Diante de Deus, que não conhece impossíveis, posso simplesmente descansar de toda impossibilidade de parecer o que não sou e ser transformado pelo Espírito Santo, no ser humano que Ele pode me tornar em Cristo Jesus.
E então, verei o impossível acontecer: o impossível sendo vencido!
eugenio anunciação 